Mãe Morre ao Receber Boato via WhatsApp sobre Massacre na escola do Filho no ES

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foto:Arquivo Família

Na imagem compartilhada, um dos trechos informava que haveria um massacre na escola, que “objetivo é destruir o prédio, mas, se forem alunos, irá ter sangue” 

Uma mulher de 47 anos morreu no início da tarde desta terça-feira (02), em Limeira, interior de Anchieta, Litoral Sul do Espírito Santo, após receber uma informação falsa de que a escola na qual um dos filhos estuda sofreria um atentado. O boato tomou conta da comunidade. A dona de casa Ana Lúcia Cardoso da Silva passou mal e sofreu um infarto. 

Segundo a estudante do curso de técnica de enfermagem, Fernanda Aparecida Casale, que é sobrinha da dona de casa que morreu, por volta das 11h20, a comunidade começou a receber informações do boato, que logo se espalhou entre as mães de alunos da Escola Estadual Coronel Gomes de Oliveira. 

Na imagem compartilhada, um dos trechos informava que haveria um massacre na escola, que “objetivo é destruir o prédio, mas, se forem alunos, irá ter sangue”. 

Ana Lúcia tinha problema de hipertensão, obesidade e diabetes. “Ela estava bem, fazendo caminhadas todos os dias de manhã. Ela estava no posto e uma mãe comentou sobre a notícia do ataque que foi se espalhando. Uma vizinha começou a passar mal, ela chegou e tudo aconteceu. Parecia bem, mas do nada caiu e logo veio a óbito”, conta Fernanda Casale. 

Uma notícia falsa que tirou a vida de outra pessoa. Isso é uma irresponsabilidade Fernanda Aparecida Casale, sobrinha da dona de casa que morreu 

A sobrinha conta que tentou reanimar Ana Lúcia, antes da chegada do Samu. “Fiz os primeiros socorros, mas quando o Samu chegou constatou o óbito. Fiz massagem cardíaca, mas não tinha pulso”, revela. 

Ana Lúcia tinha dois filhos, uma jovem de 25 anos, que tem necessidades especiais, e um rapaz de 17 anos, estudante da escola alvo dos boatos. A dona de casa esteve no posto de saúde durante a manhã para pegar uma receita médica da filha. 

O corpo será velado na Igreja Assembleia de Deus, na comunidade de Limeira. O sepultamento será no cemitério de Jabaquara, ainda sem horário definido. 

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que “a Direção da Escola informou que o dia letivo foi cumprido normalmente e que tomou conhecimento do falecimento da mãe no início da tarde. O caso está sendo monitorado pela Patrulha Escolar e todas as providências foram tomadas”. 

A Polícia Civil informa que investiga todos os casos formalizados nas delegacias, e orienta que as vítimas desse tipo de caso registrem a ocorrência em qualquer delegacia, munidas de todo material que comprove o crime e que auxilie a polícia no trabalho de investigação. 

“A Polícia conta com a colaboração da população e qualquer contribuição para identificação de suspeitos podem ser feitas por meio do Disque- Denúncia 181 ou pelo disquedenuncia181.es.gov.br, onde é possível a pessoa anexar imagens e vídeos de ações criminosas. O sigilo e anonimato são garantidos”. 

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