Os trabalhadores chegaram no dia 22 de maio e ficaria até o final de julho na fazenda. Eles relataram que faltavam colchões para dormir e que foram enganados pelo empregador. Eles foram resgatados de uma fazenda de café em Nova Venécia, em condições análogas à escravidão na terça-feira (13). Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores são da cidade baiana de Aratuípe e estavam em um ambiente considerado insalubre e inabitável.
De acordo com o MTE, o empregador descontava do salário dos trabalhadores o valor das passagens da Bahia para Nova Venécia, o que é proibido.
As ações aconteceram após uma denúncia anônima recebida pelo MTE e pela Polícia Federal.
“Prometeram um alojamento já com colchão, beliche e tudo para a gente. Era uma casa para todo mundo, alguns grupos dormiam em cada cômodo. Prometeram R$ 25 por saca, chegando lá foi R$ 23. E o transporte foi descontado das nossas quinzenas e a alimentação. Quem quisesse ir embora não podia, porque sempre estava devendo”, contou um dos trabalhadores que preferiu não ser identificado.
