A polícia está a procura da ex-servidora da Prefeitura de Itapemirim Carla Rogéria Ribeiro Lima, 46 anos. Ela é acusada de matar o secretário municipal José Mauro Salles.
O crime acontece no dia 3 de setembro. Segundo a polícia, entre as motivações para o crime estaria a decisão do secretário de reduzir os gastos com pirotecnia (fogos de artifício) nos eventos da cidade. De acordo com a polícia, o marido de Carla tem uma loja de fogos de artifício e lucrava bastante com os eventos da cidade. Além disso, a servidora havia sido exonerada no dia 3 de agosto, o que a teria deixado ainda mais furiosa.
Segundo o delegado Djalma Pereira Lemos, que investiga o caso, Carla, que possui o cargo de telefonista na prefeitura, e que anteriormente ao crime vinha exercendo a função de diretora da Defesa Civil municipal, e foi exonerada desse cargo dias antes do crime.
Além de ficar insatisfeita por perder o cargo de diretora, outra motivação para o crime seria o fato de que o marido de Carla, que tem uma empresa de pirotecnia (fogos de artifício), perdeu contratos com a administração municipal, e o secretário estaria impedindo que essa empresa participasse de novas licitações.
O marido da acusada e o enteado foram ouvidos pela polícia no início da semana e disseram que, dias antes, Carla estava bastante perturbada e chegou a dizer que iria matar o secretário, mas niguém acreditou que ela cometeria o crime.
Carla foi até a casa da vítima com um revólver calibre 38 e, após uma discussão, atirou em José Mauro. A polícia chegou até a autora do crime depois que analisou as imagens de câmeras de segurança. Nas imagens, foi possível ver que a acusada chegou até a residência da vítima de táxi.
A polícia conseguiu identificar o taxista, que prestou o depoimento e entregou Carla. O taxista disse que deixou ela na casa da vítima, ficou esperando, ouviu os disparos e a servidora voltou para o veículo dizendo que tinha matado o secretário. O taxista disse que não teve coragem de procurar a polícia antes pois também ficou com medo de morrer.
A prisão preventiva de Carla foi decretada nesta terça-feira. Depois do crime, ela arrumou as coisas em uma mala e viajou.