O pequeno Branco parece não ter superado a morte do seu tutor, o agricultor de Ademar Seidel. Desde a semana do sepultamento, há cerca de três anos, ele vai até o cemitério com frequência para visitar o túmulo, a poucos metros da casa da família, e observa em silêncio a fotografia dele. Este comportamento emociona moradores desta comunidade do interior de Santa Clara do Sul. Assista ao vídeo.
Em 2020, uma história de lealdade e amizade comovente surgiu em Santa Clara do Sul, no Rio Grande do Sul. Ademar Seidel, um residente local, faleceu naquele ano, deixando para trás um amigo leal, seu vira-lata branquinho. O laço entre o homem e o cão era tão forte que, mesmo após a partida de Ademar, seu fiel companheiro nunca deixou de visitá-lo no cemitério.
Este vira-lata, carinhosamente chamado de Branquinho, tinha sido criado pela família de Ademar em Sampainho, no interior do município, que fica a 130 km de Porto Alegre. Eles eram conhecidos como uma “dupla inseparável” e passaram por muitas aventuras juntos. Em um evento notável, Branquinho demonstrou seu heroísmo ao salvar a vida de Ademar de um ataque de touro. “Eu estava dentro de casa e não podia ajudar ele. Aí o cachorrinho viu e foi lá, e deu uma pancada no boi,” lembra a viúva de Ademar, Clair Seidel. Graças à coragem de Branquinho, Ademar conseguiu escapar ileso, e o cão se tornou um verdadeiro herói na vida deles.
Após a partida de Ademar em 2020, Branquinho, que tinha cerca de 15 anos na época, sentiu profundamente a falta de seu tutor. A família decidiu vender um trator que pertencia a Ademar, mas isso não impediu Branquinho de segui-los. Ele demonstrou sua lealdade ao permanecer ao lado da máquina durante três dias, esperando que seu amigo voltasse. Quando a família decidiu experimentar o trator na horta, Branquinho correu atrás, recusando-se a ser deixado para trás.
No entanto, o ato mais emocionante de Branquinho foi quando ele começou a visitar o túmulo de Ademar. Todos os dias, no mesmo horário, o vira-lata fazia a jornada até o cemitério, onde se postava em cima do túmulo de seu tutor, olhando a foto dele com saudade. Ali, ele passava horas em silêncio, como se estivesse compartilhando um último momento com Ademar. Depois de suas visitas ao cemitério, Branquinho voltava para casa, onde agora era acompanhado por Fabiano, o genro de Ademar. “Ele já me espera de manhã lá no portãozinho para eu correr junto,” diz Fabiano, demonstrando que a lealdade e o amor de Branquinho nunca desapareceram, mesmo após a morte de seu amado tutor. Esta história comove a todos e é um testemunho do vínculo eterno entre um homem e seu melhor amigo de quatro patas.
Matéria:Portal in Foco RS