Ícone do site Olha Aí

Expectativa de colheita de Café Conilon no ES, este ano são de 10 Milhões de Sacas

Compartilhe

Expectativa de colheita de Café Conilon Este ano são de 10 milhões de sacas

A expectativa de colheita de Café Conilon Este ano no Espirito Santo são de 10 milhões de sacas segundo o Incaper. Das 14,2 milhões de sacas de café conilon produzidas no país em 2018, 8,98 milhões foram colhidas em lavouras capixabas. A safra do ano passado foi 32,2% maior que em 2017, e representou 63,4% do total de café conilon colhido no Brasil.

Assim, o Espírito Santo manteve-se como maior produtor brasileiro de conilon, colocando o país entre os maiores produtores do mundo. Em 2019, a safra capixaba de conilon deve crescer de 15% a 20%: o estado deve colher entre 9,4 milhões e 11,2 milhões de sacas. Há possibilidade de bater o recorde de 2014, quando foram colhidas 9,7 milhões de sacas.

A cafeicultura capixaba registrou a maior produtividade da história no ano passado, de acordo com o último levantamento feito pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em 2018, foram produzidas 38,85 sacas de conilon e 30,34 sacas de arábica por hectare no estado, superando as médias de produção nacional, que é de 38,59 e 31,72 sacas por hectare para o conilon e o arábica, respectivamente.

Em relação ao conilon, há um aspecto curioso: a produtividade aumentou, mas a área cultivada no Espírito Santo diminuiu. “Muitas lavouras mais antigas foram eliminadas por causa da seca. Isso fez com que a área cultivada no estado diminuísse 1,7%. Mas as lavouras foram eficientes graças às tecnologias que o Incaper disponibiliza aos cafeicultores de conilon. No início das pesquisas, a produtividade era de 12 a a 17 sacas por hectare. Com a adoção das tecnologias, essa produtividade chegou a 35 sacas e, agora, passou para mais de 38 sacas por hectare. Nós nunca havíamos conseguido tamanha produtividade”, comemorou o coordenador de cafeicultura do Incaper, Abraão Carlos Verdin Filho.

A produção de café arábica no Espírito Santo registrou recorde em 2018: 4,751 milhões de sacas, o correspondente a 10% do total de café arábica produzido no Brasil. Este recorde manteve o Estado entre os três maiores produtores de arábica do Brasil. A área em produção no Estado aumentou 38,6% em comparação com 2017, e a previsão é de que sejam colhidas entre 3 milhões e 3,5 milhões de sacas de arábica em 2019: uma queda de 25% a 30% e, relação ao ano anterior.

Segundo Verdin, a queda na produção capixaba de café arábica está relacionada à bienalidade típica da cultura. “O arábica tem essa característica: o ciclo bienal. Acabamos de sair da maior safra da história, era esperado que a próxima produção fosse menor. Mesmo assim, as lavouras estão bonitas e bem desenvolvidas”, explicou.

Ao todo, o Brasil produziu 61 milhões de sacas de café, sendo 77% de arábica e 23% de conilon. Mesmo com os números animadores, a questão nutricional das plantas é um tema que merece atenção. “Os insumos, especialmente o adubo, aumentaram muito o custo de produção da cafeicultura. O produtor tinha acabado de sair da seca, estava descapitalizado, e não teve condições de investir muito.

Mas os programas Cafés Sustentáveis, Renovar Arábica e Renova Sul Conilon foram fundamentais para garantir ao produtor o acesso a novas tecnologias, novas técnicas e novas variedades”, destacou o pesquisador. (Weber Andrade com Secom/ES)

Sair da versão mobile