A Petrobras vai perfurar 45 poços no município de Jaguaré. A Previsão é que o investimento proporcione expansão de 57% na produção de petróleo em terra até 2023.
A Petrobras vai investir cerca de R$ 340 milhões para aumentar a produção de petróleo onshore (em terra) na região Norte do Estado. O recuso vai ser utilizado para a perfuração de 45 poços de exploração e produção no campo de Fazenda Alegre, localizado no município de Jaguaré. Com o investimento, a empresa espera aumentar em 57% a produção de óleo na região.
“A produção por meio destes novos poços é esperada para junho deste ano. No pico de produção do projeto, em 2023, a previsão é aumentar a produção do campo em cerca de 57% sobre a média de 2018, que foi de aproximadamente 3,5 mil barris de petróleo por dia”, informou a estatal por meio de nota.
As obras para a implantação do sistema tiveram início no mês passado, com o início da construção das primeiras bases dos poços a serem perfurados e a construção de estruturas para o escoamento dos fluidos. A previsão, segundo informou a Petrobras, é que as perfurações comecem em abril.
De acordo com o professor Fernando Fontes Barcelos, coordenador do curso de Engenharia de Petróleo da UVV, esse tipo de investimento tende a ser muito positivo para a geração de empregos no município diante da movimentação da cadeia de fornecedores do setor.
“Não é possível dizer ao certo quantos empregos vão ser gerados, mas, geralmente, a Petrobras contrata empresas terceirizadas para fazer esse tipo de trabalho. Assim, são gerados empregos indiretos e toda a economia do município se beneficia. Certamente é uma notícia muito boa para o município e para o Estado”, analisou o professor.
Fernando ainda explicou que o investimento para prolongar a vida útil dos campos se faz necessário para que a curva de queda da produção seja revertida ou estabilizada, além de renovar os equipamentos utilizados na exploração, como os injetores a vapor. “A gente diz que os poços em terra vão ficando maduros. Com isso, a produção vai diminuindo lentamente. Por isso é preciso fazer essas intervenções para que os poços voltem a produzir na quantidade esperada pela empresa”, comentou.
O campo terrestre de Fazenda Alegre, em Jaguaré, ainda tem um grande potencial, segundo avaliou o professor Fernando Fontes Barcelos. “A Petrobras tem a concessão dessa área até 2052. É muito tempo de exploração numa área que tem grande potencial. É uma área com um volume muito grande a ser explorado e num local de fácil acesso”, completou.
De acordo com informações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 21 anos de exploração do campo, foram retirados 8,23 milhões de metros cúbicos de óleo. A estimativa é que ainda restam 39,38 milhões de metros cúbicos de petróleo a serem extraídos no campo.
Com a retomada que vem sendo ensaiada no setor de óleo e gás, a Petrobras também prepara outros investimentos para o Estado. De acordo com a empresa, o principal deles é o projeto Integrado Parque das Baleias, que consistirá na instalação de uma plataforma offshore (em mar) no Litoral Sul capixaba, que terá capacidade de processamento diário de 100 mil barris de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás, para produzir e processar óleo do pré-sal.
O projeto para a região Sul contempla ainda a interligação de cerca de 25 poços que produzirão para a nova plataforma e para outras que estão em operação no Parque das Baleias. O investimento previsto para o projeto é de cerca de R$ 5,6 bilhões e a plataforma deve entrar em operação em 2022.
O campo de produção onshore na Fazenda Alegre tem 16,36 quilômetros quadrados. São 54 poços produtores e 13 injetores, utilizados para melhorar a extração de petróleo.
Dos 45 poços que vão ser perfurados, 35 serão produtores e 10 de injetores de vapor.
Segundo a ANP, ainda existem 39,38 milhões de metros cúbicos de óleo para serem extraídos no local. Em 21 anos de exploração foram retirados 8,23 milhões de metros cúbicos de óleo.
A Petrobras tem até 2052 para explorar o campo de Fazenda Alegre. A previsão é que em 2023 a produção do campo aumente em cerca de 57% sobre a média de 2018, que foi de aproximadamente 3,5 mil barris de petróleo por dia.